SEU CHEFE NÃO TE PERMITE CRESCER

Você já se pegou alguma vez pensando ou reclamando para alguém que é impossível crescer na Empresa, ser um Gestor melhor, porque seu chefe é uma pessoa difícil, que não dá espaço, que não oferece suporte, que só critica, reclama, é agressivo na comunicação e centralizador no modelo de gestão?
Se você respondeu “não” porque não tem chefe, sorte sua!
Se você respondeu “não”, porque seu chefe não é nada disso, “muito pelo contrário”, então saiba que você faz parte de um grupo privilegiado de pessoas.
O que vemos, na prática, é que grande parte dos profissionais se identifica com a situação exposta acima.
Sentem-se muito frustrados pela impotência do “não resta nada a fazer”.
Ademais, em virtude de toda a competitividade do mercado profissional, não vêem como sair da Empresa onde estão por medo de não se recolocarem no mercado de trabalho ou, ainda, de acabar dando de cara com outro chefe igual, ou pior…
Se você se identificou com essa situação e sente que não tem escolha porque não pode sair da Empresa nesse momento, saiba que existe outra estratégia bastante eficaz, e que, além de ajudá-lo a se desenvolver, vai gerar uma relação forte de confiança entre você e seu chefe.
Primeiramente, importante dizer, sempre, que toda relação é o resultado da ação de duas partes.  Dessa forma, por mais difícil que seja ouvir isso, eu digo:  você tem responsabilidade na maneira como o seu chefe te trata.
Acontece que, no primeiro sinal de falta de abertura na comunicação por parte do chefe, o profissional costuma, como forma de defesa, se anular calando-se e aceitando passivamente a situação, ou, pior, resolve atacar com agressividade ou justificativas, gerando uma sensação de falta de respeito à condição hierárquica. 
O passo inicial para construir uma relação mais satisfatória com o chefe pressupõe saber se posicionar com assertividade diante de situações de conflito ou de discordância.
Vamos pensar em um exemplo prático:  você vai até a sala do seu chefe para propor uma mudança em uma das rotinas do seu setor.  Ele não pára o que está fazendo para lhe dar atenção, continua digitando, sabe-se lá o quê, no notebook, e responde “tudo bem” muito vagamente, para ver se você sai logo da sala dele e o deixa trabalhar.
Você entende o “tudo bem” como um sinal verde para a sua proposta e parte para a mudança desejada.  Dias depois seu chefe te procura para saber o porquê da mudança na rotina… Você, claro, chateia-se muito porque diz que já haviam conversado sobre isso, mas ele diz não se lembrar e que deseja o processo como estava antes.
O que um profissional de excelente comunicação, que entende de relacionamentos e é assertivo faria numa situação destas?
Primeiramente, nunca teria tido uma conversa numa ocasião como a do exemplo.  Perguntaria ao chefe se aquele era o melhor momento para conversarem, porque o percebia ocupado.  Diria que era algo importante para ser dito e resolvido.  Confirmaria com o chefe se ele havia entendido a proposta.  Enviaria um email formalizando a conversa que haviam tido.
Mas, mesmo no caso de a situação ter acontecido da forma anteriormente descrita, teria uma postura diferente frente ao chefe.  Perguntaria se poderia conversar por um minuto.  Diria que reconhecia a própria responsabilidade no evento e que poderia ter sido mais enfático para confirmar a decisão, e, com respeito, perguntaria se poderia dar uma sugestão para que tal situação não se repetisse.  Sugeriria que, da próxima vez, os dois pudessem estar mais concentrados na hora da tomada de decisão.
Percebe quantas possibilidades surgem?
Mas a maioria dos profissionais não quer se desgastar, por entender que dá muito trabalho vivenciar todo esse processo. 
Prefere viver um relacionamento medíocre com o chefe, dizendo “sim”, mas sem concordar.  Reclamando “com os seus botões” ou em confidências para os colegas mais próximos.
Se você tem um chefe difícil, não se engane:  isso vai afetar sua carreira.
Então, faça algo!  Ajude seu chefe a perceber as competências em que pode melhorar; seja um apoio no processo de desenvolvimento dele, apontando necessidades de melhoria e reconhecendo pontos fortes e avanços percebidos no processo de desenvolvimento pessoal.  Comece aos poucos, de forma sutil, depois peça licença para proceder assim como um acordo entre os dois, e perceba o quanto o relacionamento vai crescer a partir do fortalecimento da confiança mútua.
Você só tem a ganhar com essa atitude pró-ativa e, por que não dizer, corajosa.
Seu chefe deve ter qualidades para estar onde está, mesmo que você não concorde.  E, com certeza, vai reconhecer a sua ajuda estimulando também o seu desenvolvimento e oferecendo oportunidades para que sua carreira seja impulsionada.
 
Lorena Lacerda
Coach de Executivos

Compartilhe este post

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin

Postagens relacionadas

Grupo Valure – 25 anos

No último dia 10 de novembro, estivemos reunidos com clientes, amigos, familiares, colaboradores e parceiros para celebrar os 25 anos de história do Grupo Valure.

Como podemos te ajudar?

Precisa de ajuda?